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Fertilização in Vitro 

A fertilização in vitro é uma técnica que consiste em colocar os espermatozoides e os ovócitos em contacto, fora do corpo da mulher, em ambiente laboratorial para que ocorra fecundação e desenvolvimento embrionário inicial.

  • Obstrução ou ausência bilateral das trompas; 

  • Endometriose;

  • Menopausa precoce;

  • Falhas de gravidez após ciclos de IA ( Inseminação Artificial) e défice ligeiro da qualidade de esperma.

Indicações clinicas para a utilização da FIV:

Obstrução das Trompas de Falópio
Endometriose
Menopausa Precoce
Défice ligeiro na qualidade do sémen

Como é realizada esta técnica?

Estimulação hormonal dos ovários permitindo a maturação genética dos ovoócitos e o crescimento final dos folículos. 

Colocação dos gâmetas numa placa de cultura para que ocorra a fecundação e o desenvolvimento embrionário.

Aspiração dos folículos ováricos 

Se ocorrer fecundação, os embriões são transferidos para a cavidade uterina.

Recolha de uma amostra de esperma.

Os embriões que não são transferidos para a cavidade uterina mas que apresentam viabilidade são criopreservados em azoto líquido a 196º negativos.

Para que a FIV seja realizada é necessário um número elevado de oócitos, por isso, é necessário recorrer a um tratamento de estimulação hormonal dos ovários com administração da hormona hCG ou rLH (injeção intramuscular) quando os folículos atingem 17 mm , para que ocorra a maturação  genética dos ovócitos e o crescimento final dos folículos até 20- 3om de diâmetro.

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Até 36 horas após a administração da hormona hCG efetua-se a aspiração dos folículos ováricos. É um procedimento em que a mulher é submetida a uma ligeira sedação, dura cerca de 5 minutos por ovário e é indolor. 

Posteriormente é administrada progesterona em comprimidos vaginais com o finalidade de preparar o endométrio para a implantação (espessura de 12- 14 mm) do embrião.

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É realizada uma recolha de esperma. 

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Após a colheita e preparação dos gâmetas, 

colocam-se numa placa de cultura os folículos e espermatozoides (fração swim-up) numa concentração de 50.000 por folículo ou por ml. A fecundação e o desenvolvimento embrionário ocorrem in Vitro numa incubadora.

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Se ocorrer fecundação, os embriões resultantes são classificados segundo a sua qualidade.

A transferência dos embriões para a cavidade uterina pode realizar-se 2 a 5 dias após a colheita dos ovócitos e depende de vários fatores, tais como,

do número e da qualidade dos ovócitos obtidos, da perspetiva do número de embriões a obter, da sua dinâmica de desenvolvimento e da sua integridade estrutural. Os embriões são colocados com o auxílio de uma sonda sob controlo ecográfico sendo, deste modo,  um procedimento rápido, indolor e sem necessidade de sedação.  O número de embriões a transferir varia em função da idade da mulher, a qualidade estrutural e a dinâmica de desenvolvimento dos embriões. Após a transferência dos embriões a doente deve permanecer deitada durante cerca de 20 a 30 minutos.

Cerca de 12 dias depois deve ser realizado um teste de gravidez. 

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Em que situações é que não pode ser utilizada a FIV?

A maioria das contraindicações à FIV  são patologias ou situações clínicas em que uma gravidez seja contraindicada, por exemplo:

  • Em situações em que não existe quantidade nem qualidade suficiente de ovócitos ( falência ovárica) sendo necessário a doação de ovócitos;

  • Situações com ausência de útero;

  • Situações em que a mulher sofre de patologias intra-abdominais graves e/ou foi submetida a múltiplas cirurgias.

Em Portugal, depois de analisados os riscos, em cada caso, esta técnica poderá ser usada por mulheres dos 18 aos 49 anos. 

A probabilidade de gravidez clínica por ciclo com transferência de embriões é cerca de 45-55% para a FIV, sendo a frequência de gravidez gemelar de 25-30% e de gravidez tripla inferior a 1%.

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